segunda-feira, 6 de junho de 2011

E agora você me diz o quê?

Lançado pela SEMOB em Janeiro de 2010, o projeto Via Livre nas Calçadas trouxe controvérsias quanto a sua viabilidade: de um lado, motoristas e comerciantes, do outro, meros pedestres.

(Marcelo Barroso)

Recolhi da matéria publicada no site da Tribuna do Norte, o seguinte comentário de um comerciante, dono de uma loja de colchões, referindo-se a queda de vendas em seu estabelecimento:  
"Quem é que vai comprar um colchão e leva-lo pra casa nas costas? Ninguém."
É lamentável mesmo, confesso. Não houve planejamento por parte do proprietário do estabelecimento para proporcionar ao seu cliente um lugar adequado, em conformidade com a legislação vigente, para que este possa estacionar o seu veículo.

Não houve planejamento da cidade para comportar os milhares de veículos transitando (ou não) na cidade.

Devido a essa questão, frequentemente nos deparamos com situações perigosas onde motoristas, muitas vezes sem opção*, (quê?) colocam em risco a vida dos pedestres que são obrigados a usarem a rua ou avenida para que possam continuar se locomovendo na cidade, o que gera uma inversão de mobilidade: pedestres nas ruas e carros nas calçadas.


                                                           (Ricardo Herculano)



*Mas, porém, entretanto e todavia...

No mesmo local da foto tirada acima, vejam o espaço extrasuficiente que estes motoristas deixaram de preencher por um simples capricho: não queriam andar a pé mais uns 20 metros. Ainda vou medir, fiz as contas de cabeça, mas era na próxima esquina, virando a direita, na mesma esquina, do lado esquerdo.

                                                     
(Ricardo Herculano)

Ainda vamos supor que os desavisados motoristas não tinham conhecimento do local.

Mas, afinal, o que dizer destes motoristas aqui?



    (Ricardo Herculano)

Vendo essas fotos me arrependo de não ter tipo um pouco mais de atrevimento e perguntar o motivo desses motoristas estacionarem seus carros na calçada, nessa situação onde não se encontra a mínima justificativa.

Nem nas mínimas e furadas justificativas dá para entender tal comportamento:

Não estão fazendo compras, não estão na frente de estabelecimentos, a rua não está cheia de veículos, não há perigo de deixar o carro na rua, pois ela não é movimentada...

Somente o pedestre sofre com essa situação. Imagina uma mãe com um carrinho de bebê?


                                           (imagem retirada de http://g1.globo.com/platb/geneton/2009/12/26/retrato-brasileiro/)


Enfim:
Dirija (e estacione) com responsabilidade.
Se for estacionar, não ponha o carro na calçada.
Se vai ficar na calçada, não dirija.

Aqui vai a regra, diretamente da SEMOB.



A regra é clara.

Respeite.

A calçada é do pedestre.

Do bebê, do cachorro...